domingo, 29 de maio de 2011

Espetáculo


Talvez essa seja a palavra que melhor defina a final desta edição de Champions League, disputada ontem, em Wembley, entre Barcelona e Manchester United. Espetáculo nem tanto pelo Manchester United, que mesmo sendo uma grande equipe, não conseguiu mostrar seu melhor nível técnico (em outras palavras, o Barcelona não deixou isso acontecer), mas sim pela atuação encantadora do Barcelona, que certamente ficará marcada na história como uma das maiores em decisões de um campeonato.

Pep Guardiola havia dito que caso quisesse vencer novamente, seu time teria que apresentar um futebol melhor do que o apresentado na final de 08/09, quando bateu o mesmo Manchester United por 2 x 0. E seu time assim o fez. Conseguiu apresentar um futebol melhor do que aquele, que já havia sido muito bom.

Se daquela vez, Xavi havia sido o melhor homem em campo, dessa vez foi Lionel Messi quem o foi. Com uma atuação brilhante (mais uma), de encher os olhos de quem gosta de futebol, o argentino chegou à incrível marca de 53 gols na temporada. Simplesmente, gênio.

Até onde esse Barcelona chegará? Até onde Messi chegará? Será esse time do Barcelona, um time a entrar para a história? O tempo nos dirá. Neste momento, devemos aproveitar o privilégio de podermos acompanhar a essas raridades.

Título mais que merecido.

sábado, 28 de maio de 2011

Considerações finais sobre a temporada da Premier League


A temporada do melhor campeonato nacional de futebol do mundo chegou ao fim, para a tristeza deste que escreve e também de todos os demais fãs do Campeonato Inglês espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Agora, serão aproximadamente três meses para o início da próxima. 

Melhor campeonato nacional de futebol, pois conta com um estilo de jogo vistoso, rápido, intenso, disputado durante os 90 minutos. Além disso, conta com o maior investimento dentre as ligas da Europa e com o maior número de torcedores apaixonados pelos clubes para os quais torcem, em todas as divisões.
Sobre a temporada dos clubes que participaram dessa edição (10/11) da EPL, vamos a algumas considerações.

Arsenal: mais uma temporada sem título (a sexta). Até fevereiro o clube londrino ainda sonhava até mesmo com 4 títulos na temporada. Mas o final de temporada acabou sendo trágico para os Gunners. Nenhum título e de quebra, “apenas” a 4ª colocação na Premier League, o que faz com que o clube londrino tenha de disputar a fase preliminar da Uefa Champions League na próxima temporada.

Aston Villa: a demissão de Martin O’Neill logo após a primeira rodada da competição, acabou mesmo pesando na temporada do time de Birmingham. Após boas temporadas, a equipe acabou tendo de lutar para permanecer na primeira divisão inglesa. Uma temporada abaixo do esperado.

Birmingham: com uma temporada inferior à passada, o time acabou não conseguindo evitar o rebaixamento e terá de disputar a Championship na próxima temporada, mesmo após ter conquistado a Carling Cup em fevereiro, diante do Arsenal.

Blackburn: sem muitos investimentos e sem muito brilho, a equipe lutou pela permanência na primeira divisão inglesa até a última rodada, e acabou conseguindo tal permanência, terminando a competição na 15ª colocação.

Blackpool: também sem muitos investimentos (menos que o próprio Blackburn), os Tangerines acabaram não tendo a mesma sorte e mesmo após um primeiro turno mediano, o retorno à Championship acabou sendo inevitável. 

Bolton: diferentemente de temporadas mais recentes, o Bolton não se sentiu ameaçado pelo rebaixamento. Fez um bom primeiro turno, que lhe serviu de base para uma permanência tranquila na Premier League. Também merece ressalva a campanha na FA Cup, na qual chegou às semifinais (como favorito), porém acabou sendo derrotado pelo Stoke City.

Chelsea: após começo de temporada arrasador, os Blues acabaram tendo um declínio dentro da competição. A reação na reta final não foi possível para que a equipe londrina chegasse ao título. Chegou perto, tendo inclusive o confronto direto contra o Manchester United, em Old Trafford, na antepenúltima rodada, mas acabou sendo derrotado pelos donos da casa e ficando mesmo com o vice-campeonato.

Everton: com alguns problemas ao longo da competição, a equipe de Liverpool veio a se acertar apenas durante o segundo turno. Como consequência, almejou uma vaga na UEL, mas a mesma não pode ser conquistada. De qualquer forma, um bom 7º lugar para os comandados de David Moyes.

Fulham: depois do vice-campeonato da Uefa Europa League na temporada 09/10 e da saída do técnico Roy Hodgson, a equipe de Londres sofreu na primeira metade da competição, e frequentou a  zona de rebaixamento por um bom período. Com o tempo, se acertou no comando de Mark Hughes e terminou o campeonato na 8ª colocação.

Liverpool: as perspectivas não eram das melhores para os Reds quando a equipe estava próxima da parte de baixo da tabela, ao término do primeiro turno. Mas após a demissão de Roy Hodgson, o ídolo Kenny Dalglish assumiu o comando da equipe e as coisas mudaram completamente. Um final de temporada até que honroso para o time de Liverpool, que agora vê boas perspectivas para a próxima temporada.

Manchester City: os Citizens conseguiram ultrapassar o Arsenal na reta final de campeonato, e terminar a competição na 3ª colocação. Ou seja, vaga direta para o City na próxima Uefa Champions League. Mais do que isso, o lado azul de Manchester pode acabar, enfim, com o anseio por um título, quando depois de 35 anos sem conquistas, conquistou a FA Cup ao bater o Stoke City na final, em Wembley, por 1 x 0.

Manchester United: 19. Mais uma vez consistente (talvez nem tanto como em outras temporadas), o time de Manchester chegou ao título da Premier League. O quarto nos últimos cinco anos. Agora os Red Devils são os maiores campeões do Campeonato Inglês, com 19 títulos, ultrapassando o Liverpool, que tem 18. Além do mais, o Manchester United ainda pode chegar ao seu quarto título de Uefa Champions League, caso vença o Barcelona na final que será disputada logo mais (em Wembley).

Newcastle: a temporada de retorno para a Premier League foi aceitável para os Magpies. O time enfrentou dificuldades após a venda de seu principal jogador, na janela de transferências de inverno. Contudo, conseguiu assegurar a permanência na Premier League. A necessidade de reforços se faz presente para a próxima temporada.

Stoke City: uma temporada segura para os comandados de Tony Pulis. A boa campanha como mandante acabou sustentando a equipe no meio da tabela, sem muitas oscilações. Merece ressalva a bela campanha na FA Cup, na qual os Potters chegaram à final da competição, mas acabaram sendo derrotados pelo Manchester City. O vice-campeonato vale uma vaga na Uefa Europa League para a próxima temporada.

Sunderland: após começo promissor de campeonato, os Black Cats acabaram sentindo o desgaste da intensa temporada inglesa e se estagnaram no meio da tabela, 10ª colocação. Também parecem ter sentido a venda de um de seus principais (senão principal) jogador. 

Tottenham: a equipe dirigida por Harry Redknapp chegou às quartas de final da Uefa Champions League, o que merece ser destacado. Entretanto, a 5ª colocação no Campeonato Inglês dá aos londrinos “apenas” uma vaga na Uefa Europa League para a próxima temporada. 

West Bromwich: depois de um bom começo de campeonato, os Hawtorns acabaram caindo de rendimento. Voltaram a fazer um bom campeonato ao longo do segundo turno, no comando de Roy Hodgson. Consequentemente, permanência garantida na Premier League.

West Ham: mais uma vez lutando contra o rebaixamento, desta vez os Hammers não conseguiram escapar. O fraco desempenho, tanto como mandante, quanto como visitante, acarretou na lanterna da competição e no consequente rebaixamento da equipe londrina.

Wigan: um dos times que protagonizou a emocionante luta para escapar do rebaixamento. Com poucos investimentos, a equipe sofreu, passando quase todo o campeonato na zona de rebaixamento, e só na última rodada, após vencer seu jogo fora de casa, conseguiu a permanência na divisão principal do futebol inglês.

Wolverhampton: também fez parte da emocionante luta contra o rebaixamento. Comandado por Mick McCarthy, os Wolves frequentaram por um bom tempo a zona da degola. Mesmo com muitos problemas, a equipe se safou na última rodada e assegurou sua permanência na Premier League. 

A seleção do campeonato, em minha modesta opinião.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A temporada da Uefa Europa League terminou...


... E o Porto sagrou-se campeão, após bater o Braga na final, por 1 x 0, em Dublin. Sem fazer um bom jogo (afinal, todos sabemos que o Porto joga mais do que jogou hoje), a equipe dirigida pelo promissor técnico português André Villas Boas chegou ao gol com Falcao García, após assistência precisa de Fredy Guarín e com esse gol, garantiu a vitória e o título da Uefa Europa League 10/11.

Falcao García, autor do gol do título, marcou 17 gols nos 14 jogos da competição. Novo recorde de gols em uma só edição de competições da Uefa. O recorde pertencia, até então, a Jurgen Klinsmann, que na temporada 95/96 marcou 15 gols pelo Bayern de Munique na antiga Copa da Uefa (hoje, Uefa Europa League).

Com bons destaques individuais, como o já mencionado colombiano Falcao García, o também colombiano Fredy Guarín e o brasileiro Hulk, o Porto se mostrou uma equipe com forte poder ofensivo, e que na armação com João Moutinho e principalmente com Guarín, tem poder de abastecer bem os avançados Hulk e Falcao García. Os 37 gols marcados a partir da fase de grupos da competição evidenciam bem essa força ofensiva da equipe.

Além do título da Uefa Europa League, o Porto já havia conquistado a Liga Sagres de maneira invicta (27 vitórias e 3 empates em 30 jogos). E, para completar, no próximo domingo os comandados de André Villas Boas ainda podem conquistar mais um título na temporada, caso vençam o Vitória de Guimarães na decisão da Taça de Portugal.

Um Porto que promete bastante e que na próxima temporada pode igualar o feito do mesmo Porto comandado entre 2002-2004 por José Mourinho, que foi campeão da Copa da Uefa (2002/2003) e na temporada seguinte (2003/2004) sagrou-se campeão da Uefa Champions League.

Jogadores do Porto comemoram o título da Uefa Europa League conquistado.


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Uma eliminação daquelas para o São Paulo


Durante sete anos seguidos disputando a Copa Libertadores, o São Paulo não a disputou nesse ano de 2011. Disputou a Copa do Brasil, sendo apontado por muitos como um dos favoritos à conquista do título. Disputou... E mais uma vez, foi eliminado na Copa do Brasil, seguindo assim sem o título nacional em sua história. O algoz nas quartas de final, desta vez, foi o Avaí.

A equipe tricolor tinha a vantagem de 1x0, construída no primeiro jogo, no Morumbi, quando não fez uma partida tão boa. Diferentemente disso, começou fazendo uma boa partida ontem, na Ressacada. Aproximadamente 10 minutos dominando as ações ofensivas, até chegar ao seu gol, aos 15 minutos, com Casemiro. Logo no minuto seguinte, o Avaí chegou ao empate pelo alto, com William, aproveitando vacilo de Alex Silva. A partir de então, a equipe paulista não conseguiu mais se encontrar em campo. Ainda no primeiro tempo Bruno, também pelo alto, virou o placar para os catarinenses, aproveitando nova falha da defesa são-paulina. 

O resultado ainda dava a classificação ao São Paulo. Mas, logo na volta do intervalo, o Avaí conseguiu fazer o 3 x 1 que lhe dava a classificação para as semifinais, com gol marcado por Marquinhos Gabriel, contando com terceiro erro da defesa são-paulina que resultou em gol. A equipe paulista continuou sem apresentar um bom futebol, sem criar chances de gol e, consequentemente, sem chegar ao gol. E foi assim até o final da partida. Resultado final: São Paulo eliminado. 

Logicamente, o Avaí tem seus méritos pela classificação. Fez uma partida muito boa ontem, Silas foi feliz em algumas mudanças na equipe. Além do mais, chegar às semifinais da Copa do Brasil é algo que deve ser exaltado pelo lado catarinense. Já pelo lado paulista, a eliminação foi algo catastrófico. Como consequência, pode-se ver as duras críticas recebidas por Carpegiani, vindas de Rivaldo e até mesmo do presidente do clube, Juvenal Juvêncio (não que elas tenham sido favoráveis ao clube, mas o fato é que vieram a público). Críticas essas que, juntando-se com um certo desgaste já existente entre o técnico e o elenco, deixa provável, mas ainda não certa, a demissão de Carpegiani.

Como disse o capitão Rogério Ceni: “O time não mostrou ser um time pronto para decidir grandes competições”. De fato, não o é. Assim como não o foi quando, na semifinal do Campeonato Paulista contra o Santos, a equipe após sofrer o primeiro gol, se mostrou sem poder de reação, sem capacidade de mudar a história do jogo. 

Talvez seja hora de reformular o elenco, abaixar a bola, e aceitar a verdadeira realidade em que o clube se encontra. Recentemente acostumado com títulos, o time já não conquista um desde dezembro de 2008, quando foi campeão do Campeonato Brasileiro daquele ano. A medida em que se mostra não ser um time capaz de decidir, evidencia-se a necessidade de uma reformulação. Reformulação que já começou com a saída de alguns jogadores e, provavelmente, continuará. Ou, ao menos, deveria continuar.

domingo, 1 de maio de 2011

Chelsea: no páreo, novamente


Após vitória sobre o rival Tottenham por 2 x 1 (ainda que com dois gols irregulares, vale ressaltar) e vitória do rival londrino Arsenal sobre o Manchester United por 1 x 0, a Premier League segue aberta. O Chelsea, segundo colocado, viu a diferença para o até aqui líder da competição Manchester United cair para apenas 3 pontos, com três rodadas a serem disputadas. Diferença essa que chegou a ser de 11 pontos em determinado momento da temporada.

Na próxima rodada (36ª), Manchester United e Chelsea se enfrentarão, em Old Tarfford. Situação parecida, no contexto, ocorreu na temporada passada, quando em 3 de abril de 2010, também em Old Trafford, as equipes se enfrentaram pela 33ª rodada do campeonato. Naquela ocasião, o Chelsea conquistou a vitória por 1 x 2, o que lhe proporcionou a retomada da liderança. Daí em diante, o Chelsea não a largou mais e se sagrou campeão inglês da temporada 2009/2010.

Caso vença o Manchester United novamente no próximo domingo, o clube londrino chegará ao mesmo número de pontos do rival e o ultrapassará no saldo de gols. Ou seja, vencendo, o Chelsea só dependerá de si mesmo para se sagrar bicampeão inglês. 

O Chelsea que vem de uma crescente no campeonato. Invicto desde fevereiro e com 5 vitórias consecutivas, os blues contam com um sistema defensivo consistente e com boa reta final de temporada de Lampard e especialmente de Drogba, que tem sido decisivo nessa crescente. Pelo lado do United, a equipe conta com retrospecto muito positivo como mandante: até agora, 16 vitórias e apenas 1 empate jogando em seus domínios. O que principalmente pode vir a afetar os red devils é o cansaço, devido à maratona de jogos na reta final de temporada.

Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Vejamos se dessa vez a história será diferente...

O capitão John Terry e David Luiz comemoram. O Chelsea está no páreo, mais uma vez.


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