terça-feira, 26 de junho de 2012

Um time que parece enfim ter aprendido a disputar a Taça Libertadores

Logicamente que: "Ah, agora que o Corinthians chegou onde chegou é fácil de dizer que ele aprendeu a jogar tal competição", pensará o caro leitor. Mas também não é bem assim. Desde o começo da competição, a equipe se mostrava com um "quê" diferente.

Há quase um ano e meio atrás, o fiel torcedor acompanhou uma das eliminações mais sofríveis da história do clube - a eliminação na Pré-Libertadores diante do Tolima. O fato é que tal eliminação, à longo prazo, foi um bom negócio para o time de Parque São Jorge. "Bom negócio? Estás louco?!". Não, pelo contrário. E me explico.

Tal eliminação, somada à eliminação - pela mesma competição, em seu centenário [2010] - diante do Flamengo, fizeram com que a equipe amadurecesse. Amadurecesse e, consequentemente, aprendesse que  jogar a Libertadores e tentar conquistá-la vai muito além de apenas montar um bom time dentro das quatro linhas. Houve planejamento, bem como um empenho por parte da diretoria (embora com alguns erros - o que é normal) para que o clube se voltasse de forma correta e coerente para essa disputa. E é nesse ponto que, volto a frisar, a eliminação para o Tolima foi de vital importância dentro de um processo de amadurecimento, no qual foram revistos certos valores e certas formas de se pensar.

O título de Campeão Brasileiro de 2011 serviu não só para coroar uma equipe que crescera, mas também para dar um suporte, confiança a esta equipe. E, aliando um nível de concentração muito grande, com um padrão tático de jogo e entrosamento, o time se mostra hoje um dos mais fortes - senão o mais forte - dentro do cenário brasileiro.

A inexperiência em finais de competições como essa pode acabar pesando frente a um Boca Juniors maduro, com 6 títulos de Libertadores nas costas e que, após um período de crise, vai se reerguendo aos poucos. No entanto, o que deve ser ressaltado é que, independentemente do resultado que virá, o balanço será positivo para o Corinthians, com direito a várias lições e quiçá um lugar na história do futebol nacional, sul-americano, ou mesmo internacional - diria - devido a tudo que representa uma conquista desse porte, caso esta venha a ser alcançada.

Paulinho, uma das peças fundamentais corintianas, comemora seu gol, o da classificação diante do Vasco nas quartas-de-final.

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