sexta-feira, 13 de maio de 2011

Uma eliminação daquelas para o São Paulo


Durante sete anos seguidos disputando a Copa Libertadores, o São Paulo não a disputou nesse ano de 2011. Disputou a Copa do Brasil, sendo apontado por muitos como um dos favoritos à conquista do título. Disputou... E mais uma vez, foi eliminado na Copa do Brasil, seguindo assim sem o título nacional em sua história. O algoz nas quartas de final, desta vez, foi o Avaí.

A equipe tricolor tinha a vantagem de 1x0, construída no primeiro jogo, no Morumbi, quando não fez uma partida tão boa. Diferentemente disso, começou fazendo uma boa partida ontem, na Ressacada. Aproximadamente 10 minutos dominando as ações ofensivas, até chegar ao seu gol, aos 15 minutos, com Casemiro. Logo no minuto seguinte, o Avaí chegou ao empate pelo alto, com William, aproveitando vacilo de Alex Silva. A partir de então, a equipe paulista não conseguiu mais se encontrar em campo. Ainda no primeiro tempo Bruno, também pelo alto, virou o placar para os catarinenses, aproveitando nova falha da defesa são-paulina. 

O resultado ainda dava a classificação ao São Paulo. Mas, logo na volta do intervalo, o Avaí conseguiu fazer o 3 x 1 que lhe dava a classificação para as semifinais, com gol marcado por Marquinhos Gabriel, contando com terceiro erro da defesa são-paulina que resultou em gol. A equipe paulista continuou sem apresentar um bom futebol, sem criar chances de gol e, consequentemente, sem chegar ao gol. E foi assim até o final da partida. Resultado final: São Paulo eliminado. 

Logicamente, o Avaí tem seus méritos pela classificação. Fez uma partida muito boa ontem, Silas foi feliz em algumas mudanças na equipe. Além do mais, chegar às semifinais da Copa do Brasil é algo que deve ser exaltado pelo lado catarinense. Já pelo lado paulista, a eliminação foi algo catastrófico. Como consequência, pode-se ver as duras críticas recebidas por Carpegiani, vindas de Rivaldo e até mesmo do presidente do clube, Juvenal Juvêncio (não que elas tenham sido favoráveis ao clube, mas o fato é que vieram a público). Críticas essas que, juntando-se com um certo desgaste já existente entre o técnico e o elenco, deixa provável, mas ainda não certa, a demissão de Carpegiani.

Como disse o capitão Rogério Ceni: “O time não mostrou ser um time pronto para decidir grandes competições”. De fato, não o é. Assim como não o foi quando, na semifinal do Campeonato Paulista contra o Santos, a equipe após sofrer o primeiro gol, se mostrou sem poder de reação, sem capacidade de mudar a história do jogo. 

Talvez seja hora de reformular o elenco, abaixar a bola, e aceitar a verdadeira realidade em que o clube se encontra. Recentemente acostumado com títulos, o time já não conquista um desde dezembro de 2008, quando foi campeão do Campeonato Brasileiro daquele ano. A medida em que se mostra não ser um time capaz de decidir, evidencia-se a necessidade de uma reformulação. Reformulação que já começou com a saída de alguns jogadores e, provavelmente, continuará. Ou, ao menos, deveria continuar.

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